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Identidade visual para vídeos: elementos essenciais para chamar a atenção nas redes sociais

O jeito como você edita os seus vídeos se torna uma marca, um ponto de identificação do público com o produto ou serviço que você oferece. E como imprimir personalidade à edição do vídeo? Existem muitas estratégias: velocidade dos cortes, ângulos inusitados, títulos criativos, inserção de memes, movimentos de câmera, saturação de cor etc.


Veja o caso da professora Rita von Hunty, que abusa de alguns recursos citados acima para dar dinamismo ao vídeo. Note que não há superprodução. O que existe é criatividade na edição.


Pareceu complicado? Outros recursos são básicos e acessíveis inclusive para iniciantes:


1. Cenário

Pode ser a sala de casa, o restaurante da família, o escritório da firma, o jardim do prédio ou a laje do vizinho. Escolha, de preferência, um lugar que tenha a ver com o tema do seu canal. Vai falar de culinária? Mostre a sua cozinha, sem firulas e super produções. Os vídeos da Thallita Xavier, por exemplo, são inspiração pura! Didáticos, direto ao ponto, vida real e com pitada de bom humor na narração.


Evite gravar cada vídeo num cenário diferente. Isso gera confusão na cabeça das pessoas que te acompanham. Estabelecer um cenário padrão reforça o vínculo da marca com o lugar.


Outra opção é ter um fundo verde para chamar de seu. Dá pra brincar com as imagens no fundo e criar um padrão estético que também funciona como identidade visual dos seus vídeos. É o que o canal PlayGround Brasil faz muito bem, por exemplo:


2. Vinheta

A Thalitta, do exemplo acima, também foi super original ao trazer a rotina como uma introdução dos vídeos, uma espécie de vinheta que gera empatia imediata. Ela pendura a roupa no varal, varre a cozinha e aí sim começa a cozinhar. Ou alonga na laje atrás de casa, bebe um copo de água e coloca o avental de cozinha. As situações corriqueiras surgem de maneira natural, sem enrolação, sempre com o assunto do vídeo e um bordão inicial (“mais um dia no barraco”). Porém, nada ali é aleatório. As escolhas de narrativa ajudam a dar contexto nos primeiros 5 segundos e atraem o público para a realidade em que ela vive.


Aliás, esta é uma das poucas maneiras em que realmente funciona usar a vinheta no início do vídeo. Como os primeiros segundos são essenciais para prender a atenção do público, a vinheta precisa informar, instigar e divertir. Ou prefira fechar o vídeo com ela. Independente disso, saiba que a vinheta é um recurso de edição que cria um padrão para os seus vídeos e atrela o conteúdo à marca.


3. Cortina de transição

Uma opção em vídeos curtos é substituir a vinheta por uma cortina de transição, recurso usado para separar a introdução e o tema principal. É um efeito visual e sonoro que dura dois segundos. Aqui no vídeo fica mais claro.


A cortina de transição não pode ser aleatória. Ela deve seguir a mesma paleta de cores e a mesma linguagem visual que a vinheta.



4. Lettering

Lettering é o que aparece escrito na tela. O recurso serve para reforçar alguma informação (números, principalmente), adicionar dados ao que está sendo dito ou esclarecer a grafia de algum estrangeirismo ou expressão técnica, pouco conhecida do público em geral. Quando dá para prever no roteiro o uso de lettering, é possível enxugar o discurso e fugir da palestrinha porque um complementa o outro. Mas você também pode sentir a necessidade do lettering quando assiste ao vídeo pronto e algo não soou com clareza ou exige uma info adicional.


Em vídeos curtos, tanto para feed quanto para stories, o lettering chama a atenção para o assunto e aumenta a retenção (tempo em que as pessoas assistem ao conteúdo). É uma forma de dar sentido ao vídeo e ampliar a acessibilidade, já que muitas vezes as pessoas só podem ver e não ouvem o que está sendo dito. Use sempre o mesmo mix de fontes (tudo com ou tudo sem serifa, por exemplo) e de preferência opte por fontes da mesma família (Avenir, Avenir bold, Avenir italic etc).


Perceba que o canal Descomplica usa bastante o lettering para chamar a atenção junto com um efeito sonoro (e funciona):


Observe também a simplicidade do cenário usado pelo Descomplica. A opção por poucos elementos é proposital para que o único protagonista do vídeo seja o conteúdo, sem distrações.


5. Tarja de crédito

Em vez de começar o vídeo se apresentando (aliás, isso é muito chato!), vá direto ao tema e deixe o seu nome e profissão/cargo para a tarja de crédito. Se inserir no seu vídeo o depoimento de alguém, use também a tarja de crédito para identificar a pessoa, como é possível observar neste exemplo do canal Programa Reclame:


Use sempre a mesma na tarja de crédito para reforçar a identidade visual da sua marca. Ou seja: use as mesmas cores, o mesmo movimento, o mesmo mix de fontes. Além de reforçar a marca, você economiza tempo na criação.


6. Trilha sonora

Trilha sonora é o que dá vida ao vídeo. Não à toa o Instagram e o Tik Tok entregam maior engajamento aos vídeos que usam músicas em alta (trends). É porque realmente a trilha sonora prende a atenção das pessoas e deixa o conteúdo mais profissional, com finalização caprichada.


O segredo da trilha sonora é escolher uma que esteja no tom da narrativa. Se vai contar algo alegre, emocionante, triste ou assustador, usar a trilha sonora adequada ajuda o público a chegar na emoção que queremos. A escolha errada pode destruir sua intenção.


O Youtube tem um banco gratuito de trilhas sonoras livres de direitos autorais. Isso é muito importante porque o seu vídeo pode ser derrubado das redes se você usar alguma música protegida. Mas aí não tem jeito de usar a música famosa para editar meu vídeo? Tem! A Raíza Costa, do canal Dulce Delight, reserva uma parte da verba que fatura no Youtube para pagar direitos autorais:

Então, a não ser que você também esteja disposta a pagar royalties para a editora proprietária da música, tome cuidado na escolha da trilha, ok?


7. Efeitos sonoros

Tão importante quanto a trilha sonora é o mix de efeitos sonoros. A gente sabe que vídeos bem humorados conquistam a audiência. Mas como fazer se você não é uma pessoa descontraída? Uma edição caprichada do vídeo, com escolha certeira de efeitos sonoros, vai te ajudar. Veja como canal Buenas Ideias usa os efeitos sonoros e isso já está tão incorporado à rotina que faz parte da identidade da marca:


8. Cores

Cada cor tem um efeito psicológico nas pessoas. O vermelho estimula a fome, o desejo, a ação. O amarelo é acolhedor e otimista, transmite transparência. Enquanto o azul claro traz frescor, o azul escuro representa confiança e produtividade. O laranja é criatividade, entusiasmo e dinamismo. E o verde remete à sabedoria, equilíbrio e harmonia. São só alguns exemplos para você refletir sobre a sua paleta de cores.


Use intencionalmente cada cor, não vire refém, mas seja estratégico porque as cores também criam a sensação de familiaridade com a marca.


9. Bordão

“Diz aí, bezelhas!”, “vem comigo e se joga”, “bora conferir!”... Estes são alguns bordões que funcionam para criação de comunidade. Ou seja, o público que segue aquele perfil ouve tanto a expressão que automaticamente identifica a marca por trás do vídeo e se sente parte integrante da construção do conteúdo. É o que faz a consultora Camila Renaux, por exemplo:


Porém, um alerta: não force a barra. Se o bordão não “cabe na sua boca”, ou seja, se ele não tem a ver com o seu estilo de falar, evite. Forçar um bordão é constrangedor e depõe contra a marca em vez de servir como reforço de identidade.


10. Figurino

Usar o uniforme da firma, o jaleco médico, uma fantasia que tenha a ver com o personagem que você criou para a marca ou algum acessório característico a cada vídeo ajuda a reforçar a identidade visual. É mais um elemento que comunica. Só cuide para que o figurino não chame mais a atenção do que o conteúdo, como a gente explica neste vídeo do Instagram.

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